Olá! Sou o Dr. Carlos Periotto, psiquiatra aqui de Campo Grande MS. Ao longo desses anos todos atendendo pacientes, tenho visto muita gente sofrendo com o TOC sem nem mesmo saber que tem um nome o que elas sentem.
O que é o Transtorno Obsessivo Compulsivo?
O TOC, ou Transtorno Obsessivo Compulsivo, não é frescura nem “mania” como muita gente fala por aí. É um problema sério que mexe com o cérebro da pessoa. Classificado, segundo o manual DSM-5, como parte dos “Transtornos Obsessivo-Compulsivos e Relacionados” (antes era considerado um transtorno de ansiedade), ele se caracteriza por pensamentos ruins que não saem da cabeça (as obsessões) e, por causa disso, a pessoa acaba precisando fazer certos rituais ou comportamentos repetitivos (as compulsões) para tentar se sentir melhor.
Se você chegou até aqui, deve estar querendo saber mais – seja porque você mesmo sente algo assim ou conhece alguém que passa por isso. Vamos entender melhor os sinais para você identificar se é o caso de procurar ajuda.
Sintomas do TOC: Como reconhecer os sinais
Olha, não é fácil perceber o TOC logo de cara. Muita gente demora anos para buscar ajuda. Por quê? Porque achava que era só “perfeccionismo”, “zelo excessivo” ou até mesmo um traço positivo da personalidade.
As obsessões são aqueles pensamentos ruins que invadem a cabeça da pessoa sem que ela queira. Não é como uma preocupação normal tipo “será que desliguei o ferro de passar?”. É algo muito mais intenso, que não vai embora e causa uma angústia enorme.
O que mais se escuta de pessoas que passam por obsessões são:
- Medo de pegar alguma doença tocando em coisas “contaminadas”;
- Pensamentos horríveis de machucar alguém que ama (mesmo sem nunca ter feito isso);
- Necessidade de que tudo esteja simétrico, certinho;
- Preocupações religiosas exageradas, como achar que qualquer pensamento ruim é pecado;
- Medo de perder coisas importantes;
- Pensamentos de cunho sexual que causam vergonha e culpa.
Já as compulsões são os comportamentos que a pessoa faz para tentar diminuir aquela ansiedade horrível. Tem compulsões que são claras, como lavar as mãos toda hora, e outras que estão apenas na mente da pessoa, como ficar contando até certo número ou repetindo frases “de proteção”.
Uma coisa que sempre digo aos meus pacientes é que na maioria dos casos a pessoa sabe que aquilo é exagero ou não faz sentido, mas mesmo assim não consegue se controlar. Vale lembrar que em alguns casos o paciente pode ter dificuldade de perceber o exagero, mas isso não é regra. Por exemplo: “quando a pessoa sabe que é desnecessário verificar 15 vezes se o carro está trancado, mas se não fizer, fica tão ansiosa que não consegue nem trabalhar direito.
Os 7 sinais mais comuns de TOC
Vou listar os 7 sinais mais comuns do TOC. Se você se identificar com vários deles, vale a pena marcar uma consulta para que possamos investigar melhor e te ajudar:
1. Verificação compulsiva (portas, fogão, documentos)
2. Rituais de limpeza (lavar mãos chegando até mesmo ferir a pele)
3. Pensamentos tabus (sexuais, religiosos ou violentos)
4. Simetria extrema (organização que paralisa)
5. Acumulação (dificuldade de descartar objetos, embora isso também possa ser um transtorno separado)
6. Contagem mágica (número “certos” ou “errados”)
7. Evitação progressiva (de cores, palavras ou lugares)
A maioria das pessoas tem um pouquinho de vários desses sinais, em diferentes intensidades. E o conteúdo das obsessões pode mudar com o tempo – a pessoa que hoje é obcecada com contaminação pode, no futuro, desenvolver preocupações com ordem e simetria, por exemplo.
Ah, uma coisa importante: todo mundo tem suas “manias” e preferências, mas no TOC a coisa é muito mais séria. Um bom termômetro é: se esses comportamentos tomam mais de uma hora do seu dia e atrapalham sua vida, é hora de procurar ajuda.
Como o TOC afeta a vida diária dos indivíduos
TOC pode transformar radicalmente a vida das pessoas, trazendo complicações significativas no trabalho, em casa e nas relações sociais. Muitos pacientes enfrentam dificuldades profissionais devido ao tempo excessivo gasto em rituais compulsivos. Em casa, familiares são frequentemente envolvidos nesses comportamentos, causando desgaste emocional e conflitos constantes. Crianças e adolescentes têm sua vida escolar e social prejudicadas pelos sintomas, desenvolvendo problemas adicionais de saúde. Além disso, o TOC causa um esgotamento mental severo, levando ao isolamento social, depressão e até mesmo impactos financeiros consideráveis, devido aos gastos excessivos com produtos ou objetos necessários aos rituais obsessivos.
Diagnóstico e tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo
Quando recebo um paciente novo com suspeita de TOC, o primeiro passo é uma conversa detalhada para entender os sintomas, seu início e como impactam sua rotina. Utilizo ferramentas como a Escala Yale-Brown para avaliar a gravidade. O tratamento precisa ser personalizado e inclui principalmente Terapia Cognitivo-Comportamental (especialmente técnicas de Exposição e Prevenção de Resposta), medicamentos antidepressivos a depender do caso, terapia familiar para orientar familiares e técnicas de relaxamento para gerenciar ansiedade.
Hoje em dia, os pacientes podem iniciar o tratamento de forma online, no conforto e segurança de suas casas, com todo apoio e ajuda médica, inclusive em meu consultório faço os atendimentos tanto online atendendo de qualquer lugar com horários flexíveis para sua melhor comodidade e também os atendimentos presenciais que são feitos no meu consultório em Campo Grande MS.
Se você identifica alguns desses sinais ou percebe que o TOC está afetando sua vida, não hesite em buscar ajuda. Estou aqui para apoiar você nessa jornada em busca de uma vida mais equilibrada.
A importância de passar por avaliação médica e iniciar um tratamento.
Se você leu até aqui e pensou “caramba, isso parece comigo!” ou “isso é igualzinho ao que meu filho/amigo/parente faz”, não demore não. Marque uma consulta com um psiquiatra, aliás, clicando aqui você já fala direto com minha equipe para ver o melhor horário e pode escolher entre uma consulta online ou presencial. O TOC tem tratamento e quanto mais cedo começar, melhor!
Tenho visto muitos pacientes que sofreram calados por anos. Nesse período, o problema só se enraíza mais e mais na vida da pessoa.
Aqui em meu consultório em Campo Grande, atendo presencialmente, mas também faço consultas online para pacientes de todo o Brasil e até de fora. A consulta online tem sido muito importante para muita gente, principalmente por trazer comodidade e o mesmo acolhimento e orientação do presencial, ótimo em casos de quem mora em cidades pequenas onde não há psiquiatra especializado ou quem por algum motivo não pode sair de casa.
Meu jeito de trabalhar é bem direto, sem enrolação. Explico tudo com clareza, sem ficar usando termos complicados. Sei que o TOC já é difícil o bastante para ainda ter que decifrar o que o médico está falando!
Nas consultas, deixo a pessoa à vontade para falar, sem pressa. O TOC muitas vezes vem com uma bagagem grande de vergonha – tem gente que nunca contou para ninguém sobre seus rituais. Quero que você saiba que aqui não há julgamento e estou aqui para ajudar, não para criticar.
Uma coisa que faço questão de dizer: o TOC não define quem você é. É um problema de saúde, não um defeito de caráter ou falta de vontade. Com o tratamento certo, dá para retomar as rédeas da vida.
Se ficou com alguma dúvida ou quer marcar uma consulta, é só entrar em contato. Estou aqui para ajudar você a dar o primeiro passo nessa jornada de recuperação.
Um abraço, Dr. Carlos Periotto Psiquiatra – CRM-MS 5978 | RQE 6949
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